sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Quando a missa se torna uma obrigação.....

Quando a missa se torna uma obrigação... Religião é uma forma de religar. Religa partes, une pontas e diminui distâncias. O sacramento está sempre unido a um símbolo justamente por isso, pois ele é uma forma de concretizar a natureza da religião. Ele é a parte humana que se estende em direção a Deus com o intuito de tocá-lo e experimentá-lo. O símbolo é uma forma de prazer e o sacramento também, pois nele o sacrifício está redimensionado, já tem cores de ressurreição. A pergunta O menino chegou e perguntou-me: "Padre, eu sou obrigado ir à missa?". Olhei seus olhos e percebi uma honestidade na questão formulada. Junto da honestidade, havia uma ansiedade que lhe impedia o sorriso. No rosto, não havia alegria. Estava tomado de uma certeza de que a liturgia católica, para ele, estava longe de ser um acontecimento que lhe extraia gratuidade. Era uma obrigação a ser cumprida. Sua voz parecia me pedir socorro, feito escravo com sua carta de alforria em mãos, a me pedir assinatura. Naquele momento, fiquei sem palavras. Senti o coração apertado no peito e o desejo de nada responder. Reportei-me à Escritura Sagrada e senti-me como o próprio Abraão, diante do questionamento de Isaac: "Pai, onde está a vítima do sacrifício?" (Gn 22, 7). Pergunta que não tem resposta. Pergunta cheia de ansiedade, de silêncio, de motivos, honesta e plena de razões. Olhei-o com muita firmeza e resolvi desafiá-lo: "É obrigado visitar alguém a quem se ama?". Ele disse: "Não, não é não, padre". Seguiu-se o silêncio. Calou-se ele, e eu também. A pergunta que não cala Algumas horas depois, retomei sua pergunta e fiquei pensando nela. Coloquei-me a pensar na religião que se apresenta ao coração humano como obrigação a se cumprir, feito mochila pesada que se leva nas costas. Fico pensando no quanto a obrigação pode se opor ao prazer. E o quanto é contraditório fazer a religião ser o local da obrigação. Na expressão: "Deus é amor" (1Jo 4, 8), definição que João nos apresenta em sua carta, está a declaração da gratuidade de Deus. Deus é o próprio ato de amar. Ele é o amor acontecendo, e a liturgia é a atualização dessa verdade na vida das pessoas. Ir à missa é tomar posse da parte que nos cabe. Tudo o que ali se celebra e se realiza tem o único objetivo de nos lembrar que há um Deus que se importa conosco, que nos ama e quer nos ver mais de perto. O sacramento nos aproxima de Deus. Tudo bem, essa é a Teologia, mas e a vida, corresponde à verdade teológica? Nem sempre. Nosso rito, por vezes, cansa mais do que descansa. É lamentável que a declaração de amor de Deus por nós tenha se tornado uma obrigação. Sou obrigado a ouvir alguém dizer que me ama? Se muita gente pensa assim, é porque não temos conseguido "amorizar" a celebração. Racionalizamos o recado de Deus e o reduzimos a uma informação fria e calculada. Dizemos: "Deus nos ama!", da mesma forma como informamos: "A cantina estará funcionando depois da missa!". A resposta que responde perguntando Pudera eu ter uma solução! Ou quem sabe uma resposta que aliviasse os corações que se sentem obrigados a conhecer o amor de Deus, como o coração daquele menino. Talvez, o teu coração também já tenha experimentado essa angústia e essa ansiedade. Gostaria de saber restituir o sabor lúdico das celebrações católicas. Torná-las acontecimentos reveladores, palavras para não serem esquecidas e imagens que despertassem o coração humano para o desejo de descansar ali todas as questões existenciais que o perturbam. O problema não está no conteúdo do que celebramos, mas, sim, na forma. A natureza simbólica da vida é o lugar do encanto. Por isso, a celebração é cheia de símbolos. Mas o símbolo, se explicado, deixa de ser símbolo, perde a graça e deixa de comunicar. Talvez seja isso o que tem acontecido conosco. Na ansiedade de sermos eficientes, tornamos a celebração um local de comunicar recados. Falamos, falamos, de maneira ansiosa, cansada e repetitiva. Temos que falar algo, pois também o padre tem a sua obrigação! E assim vamos celebrando, obrigando o coração e os sentidos a uma espécie de ritual que nos alivia a consciência, mas não nos alivia a existência. A missa é muito mais do que uma obrigação: é um encontro. Encontro de partes que se amam e se complementam. É só abrir os olhos e perceber! Creio que possa ser diferente. Padre Fábio de Melo

Dinâmica para reunião de pais dos catequizandos

Dinâmica para reunião de pais Convide dois voluntários para realizar a dinâmica, que deve ser uma criança com seu respectivo responsável. Espalhe vários objetos pela sala, formando uma fila que representa o caminho para se chegar até Jesus. No final desse caminho, coloque uma imagem de Jesus. Peça para a criança realizar o percurso, passando por cima dos obstáculos, com a ajuda do responsável. O adulto deverá conduzir a criança pela mão, com cuidado para que ela não derrube nenhum obstáculo. Deixe pouco espaço entre os objetos, aproximadamente o tamanho do pé de uma criança. Cada objeto deve ter um significado, de acordo com a mensagem que se deseja transmitir aos pais. Sugestões: Brinquedo (Os atrativos da tecnologia) Bebida (Álcool) Cigarro (Drogas) Porta-retrato de família (Família) Livro (Escola) Rádio (Festas) Imagem de um santo (Religião) Depois que a criança realizar o percurso, você deve vendar os olhos e explicar que, neste momento, ela irá percorrer todo o caminho de olhos fechados e sem a ajuda da mão que a conduzia. O responsável deve apenas dar as instruções de longe. Porém, quando a criança estiver de olhos vendados, retire todos os objetos do caminho, ela deverá caminhar sem saber que os objetos foram retirados. Quando chegar em Jesus, o catequista retira a venda e pede para ela olhar o caminho que percorreu. Ao final, pergunte o que os participantes sentiram. Em seguida, faça uma reflexão sobre o sentido desta dinâmica, explicando que o caminho que nos leva até Jesus é cheio de obstáculos: as drogas, o álcool, as festas, a religião, etc. Nós somos responsáveis por conduzir estes pequenos até Jesus, orientando para que não tropecem diante dos obstáculos que nos impedem de seguir adiante. Nesta fase da vida, eles caminham como se estivessem de olhos vendados, cabendo aos pais e responsáveis, conversar, orientar e até conduzir pela mão, se necessário. Após a dinâmica, seria interessante refletir com os pais, o seguinte texto de Padre Zezinho: Gincana 6 a 4 para os pais Se a vida em família fosse um campeonato entre pais e filhos, um bom resultado seria este: 6 a 4 para os pais. Nem pais eternos vencedores, nem filhos eternos perdedores. Se no fim do campeonato filhos crescidos, feitas às contas, se constatar que os pais venceram de pouco, mas venceram. E os filhos perderam de pouco, mas perderam para seus pais. Seria uma honra para os pais terem vencido como quem respeita e para os filhos terem perdido para pessoas tão competentes. Filhos ou pais derrotados são filhos ou pais infelizes Por isso escreva, anote e prenda na parede de sua casa para que nenhum dos lados esqueça o que é jogar o jogo da vida em família. Este placar: Pais 10 x 0 - Durões, cruéis e prepotentes, donos absolutos dos filhos... maus pais. Pais 9 x 1 - Raramente dão liberdade. Marcação cerrada... amam, mas amam errado. Pais 8 x 2 - Começam a confiar, mas ainda com medo... amam, mas ainda não amam certo. Pais 7 x 3 - Admitem pedir desculpas e voltar atrás. Estão amando certo, mas ainda falta um pouco Pais 6 x 4 - Vitoriosos com classe. Sabem quando pedir e quando mandar, exigir, sabem disciplinar, amorosos. Pais 5 x 5 - Liberais demais. Os filhos se acham no mesmo nível dos pais. E os pais acham que é assim mesmo. Todo empate é perigoso na vida em família. Filho nunca é igual a pai e mãe. Não existe este empate. Se existir é mal. Filhos 6 x 4 - A família começa a ir mal. Os filhos estão sempre conseguindo o que querem; errado. Filhos 7 x 3 - Os filhos estão mentindo, enganando os pais e estes se calam sabendo que é errado.Filhos 8 x 2 - Os filhos já estão prepotentes. Apontam, erguem a voz, desrespeitam, impõe sua vontade e sabem que vão acabar vencendo por que os pais são fracos. Estão encurralados. Filhos 9 x 1 - Existe droga, violência e ingratidão naquela casa. Acabou o respeito. A mãe não tem mais força nenhuma sobre os filhos. O pai é um “Zé ninguém”. Os filhos mandam e desmandam. Baderna geral. Filhos 10 x 0 - A família acabou. Os filhos derrotaram seus pais. Tem gente maldita naquela casa. Se em sua casa os filhos estão perdendo por mais de 6 a 4 ou empatando de 5 a 5, ou vencendo, comece a procurar ajuda! Sem carinho e autoridade pais e filhos acabam perdendo o rumo e nosso país não pode mais suportar isso. Nosso país precisa mais de escolas e mais colo inteligente e amoroso porque a escola mais importante e o colo mais gostoso ainda está lá... Na sua casa!” (Pe. Zezinho)

sexta-feira, 18 de setembro de 2015