sábado, 10 de setembro de 2011

O EVANGELIO DE MATHEUS

Conceito

A Biblía Sagrada
A Biblía Sagrada
A Bíblia é a Escritura Sagrada de Deus, todas as passagens contidas nela foram inspiradas pelo Espírito Santo de Deus, isto implica que cada letra escrita é verdadeira. Ela deve ser a luz, para todos os momentos, do nosso caminhar à Casa do Senhor. A palavra Bíblia é originária de uma planta que nascia e crescia espontaneamente às margens do Rio Nilo, chamada papiro. E a película ou folha, tirada do caule do papiro, chamava-se bíblos, palavra grega que significa livro, e o plural é biblion, em grego significa bíblia. Portanto, Bíblia quer dizer “coleção de livros”. A Bíblia era escrita em tijolos assados, em papiro (filamento de uma planta), ou em pergaminhos (pele de ovelha). Esta escrita era realizada na cidade de Pérgamo, daí o motivo de ser chamado de pergaminho. As copias mais antigas da Bíblia estão armazenadas na Biblioteca do Vaticano, na Itália, e no Museu Britânico. Você não pode ler a Bíblia como um simples livro, é preciso ter Fé para entender e acreditar em tudo que está escrito. Além de tudo, ela não é um livro, mas sim uma coleção de livros, Sagrados Livros.

Uma rica coleção de Livros

Uma coleção de livros que contém a história da Salvação, desde a criação do mundo feita por Deus até as profecias da Segunda vinda gloriosa de Jesus, a Bíblia é a única, dentre os livros sagrados do mundo, não escrita por uma só pessoa. Pelo contrário, entre o Velho e o Novo Testamento há pelo menos 40 autores diferentes, provenientes da Ásia, África e Europa, num espaço de tempo de 1300 anos.
Ela traz as experiências da caminhada de um povo, por isso é a reflexão sobre a vida do homem e a resposta aos problemas existenciais ligando-os a Deus. É a reflexão sobre a vida humana e sobre Deus. O povo escolhido, o povo da Bíblia, discutia suas experiências, obtinha respostas iluminadas pela fé, que depois, ao longo do tempo foram escritas.
Deus era sempre a referência, o ponto de partida, o centro da vida desse povo. Por isso, foram muitos os autores que, iluminados por Deus, escreveram a Bíblia com estilos literários diferentes. Em síntese, a resposta sobre quem escreveu a Bíblia é simples: foram muitas as pessoas que a escreveram, todas elas iluminadas por Deus, inspiradas por Deus, então, o grande Autor das Sagradas Escrituras é Deus que usou de mãos humanas para escrevê-la.


História

A palavra vem do grego e significa "coleção de livros". A Bíblia compila séculos de tradições orais que vinham passando pelas gerações. Posteriormente os “escribas” (uma importante figura nos vários aspectos da administração civil, militar e religiosa, que se encarregavam de organizar e distribuir a produção; de controlar a ordem pública; de supervisionar todo e qualquer tipo de atividade; se tornaram os depositários da cultura leiga e religiosa) começaram a registrar essas histórias.
Acredita-se que a Bíblia terminou de ser escrita por volta do ano 100 d.C., com o Apóstolo João Evangelista - que escreveu o Apocalipse. Os escritores da Bíblia - mesmo em um período de tempo tão longo - transmitiram todos a mesma mensagem básica: Deus criou os céus e a terra e providenciou uma maneira para que as pessoas pudessem conhecê-lo pessoalmente.
Além da autoria singular, a Bíblia também tem o melhor histórico de profecias que mais tarde foram cumpridas detalhadamente. Vários profetas do Velho Testamento fizeram mais de 300 profecias específicas, por exemplo, sobre a vinda do Messias. Elas foram todas cumpridas por Jesus centenas de anos depois. A arqueologia repetida vezes confirma nomes de pessoas, eventos históricos e detalhes geográficos, exatamente como registrado no Velho e no Novo Testamentos. Embora a arqueologia não possa provar a veracidade espiritual da Bíblia, as descobertas mostram a confiabilidade da Bíblia como um relato histórico.
Também, comparada com outros escritos antigos, a Bíblia foi extraordinariamente preservada através do tempo. Comparado com somente sete manuscritos da obra de Platão, existem mais de 5 000 manuscritos do Novo Testamento. E quando o texto de todos esses volumes são comparados uns com os outros, descobre-se que eles são 99,5% consistentes.


Veracidade Histórica da Bíblia

A arqueologia não pode provar que a Bíblia é a Palavra de Deus; contudo, ela pode substanciar sua exatidão histórica. Os arqueólogos têm sistematicamente descoberto os nomes dos oficiais do governo, reis, cidades e festivais mencionados na Bíblia - algumas vezes pessoas ou lugares que os historiadores não achavam que existiam.
Por exemplo, o Evangelho de João fala sobre Jesus curando um paralítico, perto do tanque de Betesda. O texto descreve inclusive os cinco pavilhões (caminhos) que levam até o tanque. Estudiosos não acreditavam que o tanque existisse mesmo, até que os arqueólogos o acharam a quarenta pés abaixo do solo (unidade de medida utilizada no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá; 1 pé corresponde a 12 polegadas ou 30,48 cm), completo com os cinco pavilhões.
A Bíblia tem uma riqueza de detalhes históricos e nem tudo o que foi mencionado nela foi encontrado pela arqueologia. Mas também nenhum achado arqueológico criou conflito com o que a Bíblia registrou. Muitas das localidades antigas mencionadas por Lucas, no Livro de Atos, do novo Testamento, foram identificados pela arqueologia. Ao todo, Lucas deu o nome de trinta e dois países, cinqüenta e quatro cidades e nove ilhas sem nem um erro.
Um outro grande achado arqueológico confirmando um alfabeto antigo é a descoberta das Tábuas do Ebla, no norte da Síria em 1974. Essas 14.000 tábuas de argila são tidas como sendo de 2.300 anos a.C., centenas de anos antes de Abraão. As tábuas descrevem uma cultura e um modo de viver similar ao registrado em Gênesis entre os capítulos 12 e 50.
É significante notar que a arqueologia não desarmou todas as críticas e argumentos contra a Bíblia. Contudo, olhando-se para o que foi encontrado pela arqueologia, a veracidade histórica da Bíblia está seguramente intacta.


Palavra de Deus

Considera-se a Bíblia como sagrada porque ela é a Palavra de Deus. Quando contempla-se a natureza, o mundo, o universo, sempre vem a pergunta: Como tudo originou? Quem fez essa maravilha? Ao tentar responder a estas perguntas, sempre vem à mente a idéia de alguém que criou tudo.
O universo não apareceu por si, por acaso. Toda a criação é um modo de Deus comunicar-se com o ser humano, uma comunicação amorosa. Tudo o que foi criado é obra de Deus, a natureza fala a linguagem de Deus, o universo com suas leis naturais também fala a linguagem de Deus. Ele fala ao ser humano por meio de acontecimentos.
A Bíblia nasceu com o próprio homem, pois o homem percebeu, nos fatos e nas experiências da vida, que Deus sempre lhe falou. Em todas as culturas a religião é a forma do homem se relacionar com Deus, de se ligar a Deus. Para o povo da Bíblia, ela começou a ser entendida como Palavra de Deus, a voz de Deus cerca de mil e oitocentos anos antes de Cristo, quando Abraão experimentou Deus e entendeu que Ele lhe falava pelos acontecimentos.
A partir desta experiência de Deus, a vida de Abraão mudou completamente. Ele passou a interpretar os sinais do Senhor nos acontecimentos e a segui-los. Começa então a ter importância as tradições e experiências religiosas que constituirão parte fundamental da Bíblia.
Surgiram os Patriarcas do povo de Deus e com eles toda a experiência deste povo compilada bem mais tarde como livro. A Bíblia é Sagrada porque relata toda essa experiência do homem com Deus, relata a caminhada do homem com seu Deus, construindo a história... História da Salvação.

Divisão

Dom Orani João Tempesta, arcebispo de Belém, no Pará, explica que a Bíblia é formada por 73 livros sagrados, desses 46 fazem parte dos livros do Antigo Testamento e 27 são do Novo Testamento. “Podemos afirmar que a Bíblia é dividida em duas grandes partes: Antigo e Novo Testamento, a palavra testamento significa aliança”, explica o arcebispo.
A primeira parte (antigo testamento) revela a Criação do mundo, as alianças que Deus fez com os homens, as profecias que anunciavam a vinda do Messias, a fidelidade e infidelidade do povo de Deus, e principalmente, a preparação do povo escolhido de onde viria o Verbo Encarnado.
Continua o arcebispo do Pará: “o Novo Testamento possui quatro livros (Mateus, Marcos, Lucas e João) que contam toda a vida de Jesus Cristo, são chamados evangelhos, o Novo Testamento é também constituído por várias cartas - também chamadas epístolas, que foram escritas pelos apóstolos com o objetivo de direcionar a Igreja fundada por Cristo. Além do evangelho e das cartas, o Novo Testamento possui um livro que conta os primórdios da Igreja de Cristo e outro livro profético que revela a Segunda vinda gloriosa de Jesus, respectivamente, são eles: os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse”.
Conforme conta Dom Tempesta, o Antigo Testamento foi totalmente escrito em hebraico. Já, o Novo Testamento, foi escrito a maior parte em grego e uma pequena parte em aramaico - que vem a ser um dialeto do hebraico. “Por curiosidade, o idioma que Cristo falava era o aramaico”, complementa.
Sugere-se como possíveis datas de composição para os livros: Tobias, 200 aC (em hebraico ou aramaico); Judite, 150 aC (em hebraico ou aramaico); 1Macabeus, 100 aC (em hebraico ou aramaico); 2Macabeus, 100 aC (em grego); Eclesiástico, 200 (em hebraico) e 130 (tradução grega); Sabedoria, 100 aC (em grego); Baruc, 200 aC (em grego, talvez tradução do hebraico); acréscimos a Ester, 160 aC (em grego), e acréscimos a Daniel, 100 aC (em grego).
A palavra testamento significa aliança, contrato entre duas partes (Deus e a humanidade). O Antigo Testamento narra toda a história do povo de Deus antes da vinda de Cristo a Terra para nos salvar, contém 46 livros e está dividido em quatro partes:
  • Pentateuco: Gênesis; Êxodo; Levítico; Números e Deuteronômio
  • Livros Históricos: Josué; Juizes; Samuel I e II; Reis I e II; Crônicas I e II; Esdras; Neemias; Macabeus I e II; Rute; Tobias; Judite e Ester
  • Livros Sapienciais: Provérbios; Jó; Eclesiastes; Eclesiástico; Sabedoria; Salmos e o Cântico dos Cânticos
  • Livros Proféticos: está divido em Profetas Maiores: Isaías; Jeremias; Ezequiel e Daniel.
E Profetas Menores: Lamentações; Baruc; Oséias; Joel; Amós; Abdías; Jonas; Miquéias; Naum; Habacuc; Sofonias; Ageu; Zacarias e Malaquias
O Antigo Testamento possui ainda 07 livros que são chamados deuterocanônicos, os judeus e os protestantes não os consideram como inspirados por Deus, são eles: Tobias, Judite, Macabeus I e II, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc. Foram aceitos pela Igreja Católica em 1556 no Concílio de Trento (reunião dos Bispos do mundo inteiro na cidade de Trento). O Novo Testamento narra desde a vinda de Jesus até por volta do ano 100 com o falecimento do apóstolo São João. Narrando o nascimento, a vida missionária, a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus, o nascimento da Igreja, a vivência das primeiras comunidades, as viagens missionárias de São Paulo e a expansão da Igreja por todo o mundo. Possui 27 livros e está dividido em cinco partes:
  • Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João
  • Atos: Atos dos Apóstolos
  • Epístolas Paulinas: Romanos; Corintos I e II; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses;Tessalonicenses I e II; Timóteo I e II; Tito; Filemôn e Hebreus
  • Epístolas Católicas ou Pastorais: Thiago; Pedro I e II; João I, II e III; e Judas
  • Apocalipse: Apocalípse


Diferença da Bíblia Católica e Prostestante

Como Palavra de Deus acolhida pelo homem, a Bíblia católica e a dos protestantes é a mesma. A diferença aparece quanto ao número de livros que cada uma possui. A Bíblia Protestante possui sete livros a menos do que a Bíblia Católica. Esses livros são os seguintes: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria e Baruc. A Bíblia Protestante também não contém as seguintes citações do Antigo Testamento: Dn 13-14 ; Est 10,4-16,24.
Ocorre que a Igreja Católica, desde o início, utilizou a tradução grega da Bíblia chamada Septuaginta ou Versão dos Setenta (LXX). Essa tradução para o grego foi feita no séc. III aC, em Alexandria (Egito), por setenta e dois sábios em virtude da existência de uma grande comunidade judaica nessa cidade que já não mais compreendia a língua hebraica.
Na época em que foi feita essa tradução, a lista (cânon) dos livros sagrados ainda não estava concluída, de forma que essa versão acabou abrigando outros livros, ficando mais extensa.
Essa foi a Bíblia adotada pelos Apóstolos de Jesus em suas pregações e textos: das 350 citações que o Novo Testamento faz dos livros do Antigo Testamento, 300 concordam perfeitamente com a versão dos Setenta, inclusive quanto às diferenças com o hebraico.
Por volta do ano 100 dC, os judeus da Palestina se reuniram em um sínodo na cidade de Jâmnia e estabeleceram alguns critérios para formarem o seu cânon bíblico. Esses critérios eram:
- O livro não poderia ter sido escrito fora do território de Israel. - O livro não poderia conter passagens ou textos em aramaico ou grego, mas apenas em hebraico. - O livro não poderia ter sido redigido após a época de Esdras (458-428 aC). - O livro não poderia contradizer a Lei de Moisés (Pentateuco).

Idiomas

A Bíblia foi escrita em três idiomas: o hebraico para o Antigo Testamento e grego para o Novo Testamento, com exceção do Evangelho de São Mateus, que foi escrito em aramaico. A primeira tradução da Bíblia para o Latim foi feita por São Jerônimo no ano 384, e esta tradução foi chamada de “Vulgata”. Foi dividida em capítulos, em 1228, pelo Cardeal Estevão Langton (1.333 capítulos), e em 1528 foi dividida em versículos pelo Frade São Pagnino (35.700 versículos). Ela já foi traduzida em 1685 idiomas, portanto encontra-se em todos os países do nosso planeta. A Bíblia começou a ser escrita no tempo de Moisés, que viveu ai pelo ano de 1250 a.C., quando o faraó Ramsés II governava o Egito. E a última parte da Bíblia foi escrita no final da vida do último apóstolo, São João Evangelista, por volta do ano 100 d.C. Portanto a Bíblia foi escrita dentro de um longo período de aproximadamente 1350 anos.